domingo, 14 de agosto de 2011

Carta aos Irmãos


Carta aos Irmãos

Edição 2093 - Publicado em 23/Julho/2011 - Página B3
Esta é a PRIMEIRA PARTE DO GOSHO e deve ser estudada em AGOSTO no Budismo na Vida Diária (BVD) nos blocos, com explanação do presidente Ikeda que servirá como base ao longo deste caderno.

Resumo e cenário histórico

Carta aos Irmãos foi escrita por Nitiren Daishonin aos 54 anos de idade, em 16 de abril de 1275 e endereçada para os dois irmãos Ikegami: o mais velho, chamado Munenaka e o mais novo Munenaga. Eles haviam se tornado seguidores deste Budismo por volta de 1256, pouco tempo depois do estabelecimento do Nam-myoho-rengue-kyo ocorrido em 28 de abril de 1253.
O clã Ikegami era de uma proeminente família de samurais, influentes no governo de Kamakura, atuando na área de construção de importantes obras públicas. O pai, Yasumitsu, era um fiel seguidor do bonzo Ryokan, prior do templo Gokuraku da escola 
Preceitos-Verdadeira Palavra que era frontalmente contrário ao Buda Nitiren Daishonin. Devido a isso, o pai opôs-se categoricamente à fé dos seus filhos, os irmãos Ikegami.
Esta Carta aos Irmãos foi escrita por Nitiren Daishonin assim que tomou conhecimento de que o pai Yasumitsu havia deserdado o seu filho mais velho Munenaka por este não ter atendido a sua ordem de abandonar a fé.
Em uma sociedade feudal da época, esse fato representava uma sanção da maior gravidade, significando total perda da posição social, com consequências até mesmo no sustento econômico da família do irmão mais velho Munenaka. Paralelamente, para o 
irmão mais novo, representava a oportunidade de ocupar o lugar do mais velho, tornando-se o herdeiro do pai, claro, desde que abandonasse a fé. Era uma tática astuta do pai com a finalidade de enfraquecer a fé e a determinação dos seus filhos, criando inclusive uma intriga entre os dois e suas esposas.
Neste contexto, Nitiren Daishonin dedica minuciosas e calorosas orientações aos dois irmãos e a suas esposas sobre como enfrentar aquela severa situação, fazendo-os enxergar que tais dificuldades nada mais eram do que a ação dos Três Obstáculos e 
Quatro Maldades, principalmente a função do rei Demônio do Sexto Céu, que surgiam em sucessão na tentativa de fazê-los abandonar a fé. Daishonin mostra então que o surgimento de tais obstáculos e maldades era, justamente, uma prova da veracidade do seu ensino e ao mesmo tempo, a comprovação da correta prática da fé dos irmãos Ikegami.
Seguindo fielmente as orientações do seu mestre, o Buda Nitiren Daishonin, no final, os irmãos Ikegami conquistaram a grande vitória, convertendo o pai Yasumitsu ao Budismo Nitiren. Após 22 anos de sincera prática budista, superando todas as adversidades, os irmãos Ikegami comprovaram o aspecto de verdadeira felicidade e de harmonia familiar junto com o pai e suas esposas.
Por essa razão, em sua explanação da Carta aos Irmãos, o presidente Ikeda afirma que esse escrito é a base e a fonte das Cinco Diretrizes Eternas da Soka Gakkai: prática da fé para criar a harmonia familiar, prática da fé para conquistar a felicidade, prática da fé para vencer as dificuldades, prática da fé para manter a boa saúde e obter longevidade e prática da fé para alcançar a vitória infalível.

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